sexta-feira, agosto 05, 2011

A destruição criadora aplicada ao processo de comunicação

Em economia, “destruição criadora” foi um conceito introduzido pelo austríaco Joseph Schumpeter, no livro Capitalismo, Socialismo e Democracia, de 1942. Ele aponta a inovação como o elemento fundamental para um crescimento empresarial sustentado no longo prazo. Seria possível aplicar o conceito da destruição criadora em aspectos da gestão organizacional?

Em muitas situações o que se percebe é que as organizações carecem de um choque de realidade capaz de promover destruições criadoras em seus modelos de gestão. Inovar em gestão é fundamental para que se consiga estabelecer novos paradigmas e introduzir modelos que tornem as empresas mais “leves”, competitivas e auto-ajustaveis à condição mais estável que conhecemos: a mudança.

Trazendo o conceito de destruição criadora para a gestão dos processos de comunicação e partindo-se do pressuposto da “comunicação ideal”, ou seja, que houve planejamento com base em análises críticas consistentes e realização de projetos de comunicação subsidiados por controles refinados, será que a gestão do processo de comunicação de nossas organizações é consistente? Ou ainda se trata de um sub-processo marginal. Será que temos condições de antever ameaças ao processo e obsolescências nas ferramentas? Diante da constatação da obsolescência: temos meios de inovar com rapidez? São questões complexas.

É necessário entender que a descontinuidade em muitos casos é salutar, pois a comunicação e a não-comunicação geram-se mutuamente e o equívoco de se manter em circulação uma publicação obsoleta, por exemplo, pode se transformar num desserviço à integração organizacional.  É comum nos depararmos com áreas de comunicação puramente operacionais, em oposição ao que seriam as práticas atualizadas de gestão.

Reinventar a gestão do processo de comunicação pode ser a reinvenção do próprio negócio. Mas, não confundir destruição criadora com criação destruidora. O segundo conceito, em muitos casos, traduz-se numa compulsão em introduzir modismos a esmo como pretexto de se manter atualizado, porém, promovendo a matança precoce das boas práticas e idéias. Pode ser o maior dos enganos. Inovar em gestão também passa pela redescoberta da simplicidade e pela definição do perfil, escolha e preparação de líderes capazes de ter a gestão como aliada e não como algo maior que a empresa e seus propósitos mais nobres.

ELABORADO POR: Paul Edman
 

Mestre em Gestão e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Taubaté (2006), Pós Graduação em Marketing, com ênfase em Gestão de Negócios pela ESPM - Escola Superior de Propaganda e Marketing (1997). É graduado em Comunicação Social com habilitação em Publicidade e Propaganda pela Universidade de Taubaté (1992), Possui o curso International Corporate Communications pela Aberje e Universidade de Syracuse - Nova York (2007) e PDE - Programa de Desenvolvimento de Executivos pela Fundação Dom Cabral (2006). Tem experiência na área de Comunicação, com ênfase em Comunicação Empresarial, e Marketing, com ênfase em gestão do relacionamento com o cliente. Diretor do Capítulo ABERJE - Associação Brasileira de Comunicação Empresarial no Vale do Paraíba. Foi membro da Petrobras no Comitê de Relacionamento Comunitário da ARPEL - Asociacón Regional de Empresas de Petroleo y Gas Natural en Latinoamerica y el Caribe.


FONTE: http://www.aberje.com.br/acervo_colunas_ver.asp?ID_COLUNA=580&ID_COLUNISTA=72